"Estava à toa na vida, o meu amor me chamou pra ver a banda passar cantando coisas de amor"
Quando recebeu o convite se surpreendeu. Já havia desmarcado o cabeleireiro e alugado DVD's pra assistir em casa. Não estava nos planos sair aquela noite. Mas foi convidada...
...e mesmo tentando disfarçar que era um convite comum, sua mãe percebeu a ansiedade durante todo o dia; seu pai não, mas ele não percebia essas coisas mesmo.
A arrumação se deu sem a necessidade de profissionais - ela mesma pintou as unhas, se maquiou e escolheu a roupa. Na troca de mensagens, a pergunta: 'onde vamos?'. A resposta rápida: 'ver a banda passar'.
Aquela resposta poderia ter um milhão de significados, mas vindo dele, e considerando que a cidade estava em tempo de festas tradicionais, provavelmente eles iam somente ver 'a banda passar'.
Às 20hrs ela estava lá, na praça central. Queria até ter atrasado um pouco - faz parte do charme. Mas estava lá - seria isso mais um sinal de ansiedade?
Ele não estava. E continuou não estando por bastante tempo. Não respondia mensagens, nem atendia o celular.
A banda surgiu. A banda tocou. A banda passou.
E a ela restou ver a banda falar de amor (sozinha), voltar pra casa (sozinha) e assistir seus DVD's (sozinha).
"Tudo tomou seu lugar depois que a banda passou. E cada qual no seu canto, em cada canto uma dor, depois da banda passar cantando coisas de amor."
#FOTO Sueliton Lima
#FALADA Caio Lafayette
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